Talvez você conheça o significado, mas não esteja muito familiarizado com a palavra. Em tradução literal, scrap quer dizer sobras ou recortes, e book significa livro. Nesses livros de recortes, as pessoas fazem composições artísticas e criativas com fotos, etiquetas, adesivos, colagens e papéis decorativos. Tudo com base em lembranças e situações significativas!
Cada um tem a sua própria maneira de registrar momentos, impressões e sensações. Algumas pessoas escrevem blogs, outras guardam as suas palavras no interior de um diário, e outras recorrem ao scrapbooking! O scrapbook, ainda que não muito popular na tradição brasileira – sequer temos um termo equivalente em português -, tem ganhado adeptos ao longo dos anos, especialmente entre as mulheres que têm um interesse natural por customizar.
Esse costume vem dos cidadãos europeus, que desde o século 15 cultivam o hábito de registrar as suas experiências. A princípio, o scrapbooking era uma atividade da nobreza, que via os álbuns de recortes como maneiras graciosas de preservar as suas recordações, cartas, receitas, poemas, e até mechas de cabelo! O scrapbook da Rainha Vitória, da Inglaterra, é hoje um pequeno patrimônio histórico do país.
Com o tempo, o scrapbooking foi ganhando contornos ainda mais criativos. Após a invenção da fotografia, as pessoas tinham uma nova maneira de preservar os seus momentos intactos. Não seja por isso! Os scrapbooks passaram a incluir as fotos e, hoje em dia, as têm como principal componente. As fotos são capazes de eternizar momentos que, com o passar do tempo, vão se diluindo na nossa memória.
Em um passado não tão distante, fotografávamos com filmes de poses limitadas, que levávamos para revelar em laboratório e armazenar em álbuns. Com a digitalização da fotografia, estamos perdendo o costume de montar álbuns de foto. Costuma ser mais prático deixar tudo à disposição no computador e só imprimir uma ou outra foto favorita para expor no porta retrato. Costuma ser – mas nem sempre é. Se o computador sofre uma pane, você corre o risco de perder todo o conteúdo armazenado ali.
Por outro lado, a digitalização da fotografia permitiu o compartilhamento rápido das nossas imagens pela nossa rede de amigos – e essa é a parte em que mudamos, definitivamente, para melhor! Houve uma época em que ver as fotos das férias dos amigos era quase uma inconveniência. Hoje, somos cada vez mais receptivos, curiosos e interessados ao conteúdo alheio. O scrapbook deve ser uma forma de expressão – mas tenha em mente que ele pode ser, também, uma preservação do que você agora para o futuro, e para as gerações que estão por vir.
O scrapbooking leva um passo adiante o conceito de armazenar as fotos em um álbum qualquer. No scrapbook, você coloca a foto e a relaciona com colagens que tenham a ver com o momento em que a imagem foi concebida. Se, por exemplo, você está trabalhando com a foto de uma excursão pelas montanhas, pode colar ao lado um pedacinho de galho que trouxe de recordação. Se a foto é de um passeio no parque de diversões, pode trazer ao lado uma embalagem de chicletes!
Além disso, o scrapbooking pode ser uma atividade coletiva. Você pode fazer o seu álbum com uma amiga como um símbolo da relação entre vocês. É muito comum também que mães façam o scrapbookcom as filhas pequenas, para guardar como recordação da infância. Ou então criar um scrapbook para armazenar as fotos dos filhos bebês, ou para contar uma história de amor, com imagens, cheiros e itens que remetam à pessoa amada.
Trata-se, afinal, de uma atividade muito bacana para quem tem afinidade com trabalhos manuais e está sempre procurando por maneiras de exercitar a criatividade. Hoje, há até cursos de scrapbooking, com a finalidade de ensinar a atividade, apontar caminhos e soluções e mandar o aluno de volta para casa com um scrapbook em mãos, feito por ele e de acordo com o que lhe agrada! O que acha da ideia?
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